segunda-feira, 2 de agosto de 2010
a guiar
a moça desafiou-o com caminhos diferentes e ele conhecia todos. de bengala e de cachorro em coleira, era ele quem a guiava pelas ruas da sorte, das graças, da amizade. e lhe ensinou tantas coisas que foi ela quem descobriu que não via. a luz a havia cegado mais que a escuridão a ele. ele era todo olhos. se lhes faltavam os olhos da face, os olhos mais primitivos, ele tinha olhos sofisticados era nos ouvidos, nas mãos, nos pés. ele não via, mas sentia com o corpo todo. e essa era sua vantagem.
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