sábado, 9 de abril de 2011

para sebastião

"when you need some love, dont go to strangers, come to me"

domingo, 3 de abril de 2011

sobremim 2011

the queen of wii & xbox360; music & books addicted; uma leitora pouco escrivinhadora; fã de amy; não pode ver placas de restaurante; precisa sempre de caderninho e caneta; gosta de arte, esportes e rock'n roll [principalmente este último]; vivente das Graças; não gosta de telefone apesar de precisar muito dele; ama o número 1601, o rio de janeiro e o sol; bebe água como vc respira ar; o escritório é na praia, na academia, num estúdio de música; ipod morto ipod posto [not yet]; tenho amigos que entendem de música, arte, política, piadas, gastronomia e futilidades; acredita que tudo se ilumina; acredita que a frase mais verdadeira do mundo é "isso também vai passar", por isso acredita também em "carpe diem", apesar de ser um clichê.


*para o facebook

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

mmxi

que isso vire um diário agora, prometeu. foi além: vai viver mais, não pelo mero prazer de estar por aí, mas pelo único motivo de poder colocar em palavras a vida. porque em tudo ela enxerga palavras. seus adereços sempre têm algo a dizer, como: love, dreams, minhas histórias. é isso que carrega no pescoço. e, às palavras é que ela promete que levará uma vida. apenas para expressá-la depois. porque lhe parece que as versões é que importam. que as palavras é que marcam. a vida além da vida é o verbo. é o verbo que a carrega. quero mais. viver para contá-la, disse gabo. e vou com ele.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

C.,

Clarice baixa em mim todo dia, mas é toda silêncio, não me diz nada. Na verdade, sinto-me impelida a abrir um livro seu, continuar em silêncio. Sinto-me imbuída de toda sua elegância, que é minha, agora, enquanto leio. Sensual, também. Pois é literatura de captura, literatura de alcova, mas aquela alcova de mil travesseiros, em que estou só. É sensual porque dá vontade de comer, beber, respirar. É sensorial demais, porque vem de dentro. De dentro de mim, que ela conseguiu enxergar de longe. É em espaço que, de tão espaçoso, não cabe aqui dentro, que é seu lugar. Cai do lado de fora, transborda e vira água-viva, que queima, mas que atrai o toque. É preciso entender de elegância para ler Clarice. De silêncios gritados. Dos nossos lados de dentro do lado de fora. Entender do ovo e seu desenho perfeito, branco. É entender do que só podemos ter se roubado. O que nunca será nosso. O que é nosso e de todos. É partilha involuntária. Felicidade clandestina, que é felicidade cinza, cor-de-burro-quando-foge, clandestina de fugida e de escondida, como no dicionário mesmo. Felicidade não procurada, mas roubada porque achada. Na estante, entre outros livros.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

a guiar

a moça desafiou-o com caminhos diferentes e ele conhecia todos. de bengala e de cachorro em coleira, era ele quem a guiava pelas ruas da sorte, das graças, da amizade. e lhe ensinou tantas coisas que foi ela quem descobriu que não via. a luz a havia cegado mais que a escuridão a ele. ele era todo olhos. se lhes faltavam os olhos da face, os olhos mais primitivos, ele tinha olhos sofisticados era nos ouvidos, nas mãos, nos pés. ele não via, mas sentia com o corpo todo. e essa era sua vantagem.

sábado, 5 de junho de 2010

ao apagar das luzes

não faça poesia.
faça silêncio.

sábado, 15 de maio de 2010

Notícias do eu-profundo

O meu eu-profundo é um tanto quanto superficial, superficial de superfície mesmo, é que está tudo na cara, óbvio. Meu eu-profundo é um ente abstrato que de tão complicado tornou-se claro aos olhos de outros eus-profundos. Meu eu-profundo nunca é esquecido, porque é a face que aparece no espelho, quando minhas objetivas verdes tentam capturar a essência do que sou por fora. Meu eu-profundo às vezes se demora em minhas entranhas – é quando chega mais fundo – e logo retorna aos poros da pele, que é o seu lugar, onde eu respiro. O meu eu-profundo tenta ser razoável, mas na maior parte das vezes é apenas medíocre. Meu eu-profundo não recebe notícias de si mesmo, porque, sempre com a cara na vidraça, é testemunha de realidades inventadas. Meu eu-profundo é aquele que expira, a cada instante, dentro de mim, dona de um eu-profundo fotofóbico, já que exposto ao sol, exposto à luz. Exposto.