depois do fim, sinto-me forçada a continuar vivendo...
pisando sob cadáveres, fazendo a dança da chuva, distribuindo restos de amor em papel alumínio, chorando, me condoendo, botando um sorriso no rosto, mascarando alguma coisa que eu nao sei explicar, ouvindo funk, querendo mais coisas que tenham a ver comigo.
mais comigo do que a qualquer outra pessoa.
quero ser eu. eu. eu.
para lembrar:
entre as coisas que eu gosto estão a palavra, o sol, esmalte vermelho, a vida lá fora, a vida aqui dentro, a vida onde quer que seja. gosto de papel, de dormir tarde, de cidade grande, de bernardo soares, de café sem açúcar.
ando lendo myrna demais, ouvindo conselhos demais, por exemplo::: me disseram para parar na primeira pergunta ao invés de querer entender o mundo e carregá-lo no bolso. as coisas me inquietam demais e eu sou dada a filosofices. eu respondi que, depois de toda interrogação, sempre vêm os três pontos. as perguntas sem fim, labirintos de minotauros. ai! isso sempre acabou comigo: saber que nada tem um fim. nunca! estar sempre em dúvida, pensando possíveis finais, nunca achando a saída. o problema dos fins é que eles pressupõem novos começos e isso é de dar medo. começos. taí uma palavra que eu não gosto.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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